As filiais esperam atingir um grande número este ano

As exportações de carne bovina e de aves do Brasil, maior exportador mundial dessas duas proteínas, confirmaram recorde no ano passado e devem atingir novas marcas históricas em 2025, informaram nesta terça-feira (7) presidentes de duas grandes associações do setor.

No caso da carne bovina, o Brasil exportou um total de 2,89 milhões de toneladas, um aumento de mais de 26% em relação ao ano anterior. As exportações atingiram 12,8 bilhões de dólares, 22% a mais do que o faturado em 2023, segundo dados governamentais compilados pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).

As exportações de carne de aves, considerando também todos os produtos, inclusive in natura e processados, encerraram 2024 com aumento de 3%, para 5,294 milhões de toneladas, segundo a Associação de Proteína Animal do Brasil (ABPA). As receitas externas também foram recordes, atingindo US$ 9,928 bilhões (R$ 60,38 bilhões), um aumento de 1,3% em relação a 2023.

“Foi um ano histórico para a indústria bovina do país, para a pecuária e para o Brasil. Embora seja cedo para prever, acredito que 2025 tem tudo o que precisamos para bater o recorde de importações e receitas”, disse o presidente da Abiec, Roberto Perosa, em comunicado.

Embora tenha registrado novo recorde de volume em 2024, a maior marca da história do imposto sobre a carne bovina, segundo a Abiec, foi registrada em 2022, com US$ 12,978 bilhões (R$ 78,93 bilhões). Portanto, o faturamento do ano passado é o segundo maior da história, segundo a entidade.

Os resultados e opiniões da Abiec, que representa empresas como JBS, Marfrig e Minerva, baseiam-se na abertura de mercados, depois de o Brasil também ter batido recordes de produção em 2024.

“Temos mercados a abrir que representam grande parte do mercado consumidor global de carne bovina, incluindo Japão, Vietnã, Turquia e Coreia do Sul. Alguns deles estão em vários estágios de negociação. Agricultura, vamos lutar para que 2025 seja o ano que nos dê a oportunidade de entregar carne brasileira para essas regiões”, disse Perosa.

Em 2024, a China manteve a posição de principal destino da carne bovina brasileira, com 1,33 milhão de toneladas exportadas, gerando uma receita de 6 bilhões de dólares (R$ 36,49 bilhões). Perosa disse anteriormente à Reuters que não via motivos para se preocupar este ano com a abertura de uma investigação na China sobre os efeitos da importação de bens em geral no mercado daquele país.

Os Estados Unidos compraram 229 mil toneladas de carne bovina brasileira no ano passado, num total de 1,35 bilhão de dólares (8,21 bilhões de dólares). Outros mercados importantes incluem os Emirados Árabes Unidos, a União Europeia, o Chile e Hong Kong, segundo a Abiec.

Frango

Segundo a ABPA, a China terminou o ano em primeiro lugar entre os exportadores de carne de frango do Brasil, com 562,2 mil toneladas, apesar de queda de 17,6%, seguida pelos Emirados Árabes Unidos, com 455,1 mil toneladas (+3,3%) . , Japão, com 443,2 mil toneladas (+2,2%), Arábia Saudita, com 370,8 mil toneladas (-1,6%), África do Sul, e 325,4 mil toneladas (-4,4%), Filipinas, e 234,8 mil toneladas. mil toneladas (+7%), a União Europeia, e 231,9 mil toneladas (+6,9%), entre outros locais.

“A medida anual confirma as expectativas da ABPA e indica novos patamares estabelecidos na exportação média, que ultrapassa 440 mil toneladas mensais. As perspectivas continuam positivas para 2025, com possibilidade de novos aumentos mensais e estimativas de números relativamente superiores aos alcançados no ano passado, indicando a manutenção da rentabilidade dos negócios do setor agropecuário”, disse o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

O setor continua dependente de custos controlados de matérias-primas essenciais, como milho e soja, além de um dólar forte em relação ao real, o que ajuda os negócios dos exportadores.